Caso Marielle Franco: "Prisão de Brazão deveria passar por unanimidade", diz sobrevivente do crime

Sobrevivente do atentado que matou a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, a jornalista Fernanda Chaves relata que, após as revelações da investigação que levou à prisão de três acusados de serem os mandantes do assassinato, o entendimento era de que a punição ao deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) fosse encontrar menos resistência na Câmara.

Para ela, que foi assessora de Marielle, a manutenção da prisão de Brazão na Câmara deveria ter sido aprovada por unanimidade, pois, dada a dimensão do caso e da contundência da investigação, seria algo líquido e certo. Mas não foi. 

O Plenário da Casa aprovou a decisão de mantê-lo encarcerado, mas por apenas 20 votos a mais do que o necessário — com 277 x 129. 

Fernanda confessou estar "chocada" com a articulação para tirar Brazão de cadeia. "Foram choques atrás de choques. A manutenção da prisão era para passar por unanimidade, fácil até. Por maioria ampla e absoluta. Mas, não. E foi suado", lamentou.

Correio Braziliense Foto Agencia Brasil