Chesf baixa vazão do Rio São Francisco para evitar maior prejuízo ao abastecimento de água, em especial para consumo humano

Com 516 anos de exploração o rio São Francisco está passando pela mais severa crise hídrica contemporânea.  Hoje, o Velho Chico chegou aos menores níveis de reserva, o que afeta diretamente milhões de pessoas que dependem das suas águas. Na maior seca da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco em quase 90 anos de medição oficial, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) reduz a vazão de reservatórios do Velho Chico a partir da Usina de Xingó, entre Alagoas e Sergipe, para 550 metros cúbicos por segundo (m³). A vazão regular de Xingó era de 1.300 m³ por segundo em 2012, início da estiagem que se prolonga até agora.

A represa de Sobrandinho também passou a operar com a vazão de 550 metros cúbicos de água por segundo. 

De acordo com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), o São Francisco é responsável por 70% da disponibilidade hídrica da Região Nordeste e do norte de Minas Gerais. A redução pretende evitar maior prejuízo ao abastecimento de água, em especial para consumo humano, de acordo com a Chesf.

O volume de água dos reservatórios do São Francisco vêm diminuindo sucessivamente. O maior reservatório do Nordeste, o de Sobradinho, na Bahia, está com apenas 4 porcento de sua capacidade. O objetivo da redução de vazão é impedir um colapso ao menos até novembro, quando começa o período chuvoso em parte da Bacia do São Francisco.

Essa redução vêm ocorrendo ao longo dos anos de estiagem. No ano passado, o Rio São Francisco tinha alcançado a menor vazão histórica desde 1979, quando o Reservatório de Sobradinho foi inaugurado.

Redação blog com informações CHBSF