Brasil não cumpre metas de redução de acidentes de trânsito pactuadas com a ONU

24 de Dec / 2022 às 20h00 | Variadas

O Brasil não vem conseguindo cumprir o compromisso internacional de redução de mortes no trânsito. Quarenta por cento dos acidentes no trânsito no país envolvem motoristas que beberam antes de dirigir, Celular é a principal distração no trânsito brasileiro, segundo pesquisa

Com raras exceções de algumas cidades, o país não está conseguindo cumprir de maneira consistente as metas de redução de acidentes de trânsito pactuadas com a ONU. No Brasil, o trânsito ainda mata mais de 33 mil pessoas por ano. O compromisso é de reduzir pela metade o número de mortes até 2028.

“Houve algumas questões na legislação que foram afrouxadas, que foram flexibilizadas, como a questão da pontuação, a diminuição da fiscalização de velocidade, que é reconhecida como os principais fatores de risco. E eu acredito que isso possa de fato ter feito com que nos últimos anos a gente não conseguisse reduzir tanto quanto a gente queria”, diz o coordenador de Segurança Viária da Vital Strategies, Dante Rosado.

No Estado de São Paulo, as mortes no trânsito, que vinham caindo, voltaram a subir. Foram quase 5 mil vítimas fatais de janeiro a novembro deste ano. Um tipo de faixa exclusiva, pintada de azul, para motos é uma tentativa de reduzir as mortes de motociclistas. Eles já são mais de 38% das vítimas. Só que o esforço para reduzir a tragédia das estatísticas precisa ser muito maior.

A capital do Ceará é um exemplo destacado pelos especialistas. Está investindo em educação, fiscalização e engenharia. Uma das medidas mais importantes foi a redução de velocidade de 60 para 50 km/h em algumas vias da cidade.

“Nós tivemos uma redução de 68,1% das mortes no trânsito nas vias que tiveram a readequação para 50 quilômetros por hora. Então, são vários fatores que a gente vem testando para exatamente ter uma melhor segurança viária no município de Fortaleza”, afirma o superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania de Fortaleza, Antônio Ferreira.

A Prefeitura de São Paulo disse que, desde a implantação das faixas exclusivas para motos, nenhuma morte foi registrada nessas vias. E que houve redução de acidentes graves.

jn

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